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Como nasceu o espiritismo?

Detalhes
Escrito por Cremildo Freitas
Última Atualização: 29 Julho 2025
Acessos: 30

O termo espiritismo foi cunhado por Allan Kardec, antes aqueles que acreditavam na sobrevivência da alma eram denominados Espiritualistas. O espiritismo nasceu como ciência, depois Allan Kardec verificou que as comunicações dos espíritos superiores traziam um corpo filosófico, e como se baseava na doutrina cristã também trazia um corpo religioso. Notou-se então que tinha uma base tríplice de ciência, filosofia e religião.

No início Kardec era bastante cético com essas “coisas” chamadas de mesas girantes, vamos relembrar como esse ceticismo caiu por terra.

Foi, com efeito, em Lyon, que, a 3 de outubro de 1804, nasceu de antiga família lionesa, com o nome de Rivail, aquele que devia mais tarde ilustrar o nome de Allan Kardec. Rivail Denizard fez em Lyon os seus primeiros estudos e completou em seguida a sua bagagem escolar, em Yverdun (Suíça), com o célebre professor Pestalozzi, de quem cedo se tornou um dos mais eminentes discípulos, colaborador inteligente e dedicado. O Sr. Rivail foi professor no Liceu Polimático, regendo as cadeiras de Fisiologia, Astronomia, Química e Física. Depois prosseguiu em sua carreira pedagógica, onde viveu feliz, honrado e tranquilo, até que em 1854 que o Sr. Rivail ouviu pela primeira vez falar nas mesas girantes, a princípio do Sr. Fortier, magnetizador, com o qual mantinha relações, em razão dos seus estudos sobre o Magnetismo. O Sr. Fortier lhe disse um dia: “Eis aqui uma coisa que é bem mais extraordinária: não somente se faz girar uma mesa, magnetizando-a, mas também se pode fazê-la falar. Interroga-se, e ela responde.”

— Isso, replicou o Sr. Rivail — é uma outra questão; eu acreditarei quando vir e quando me tiverem provado que uma mesa tem cérebro para pensar, nervos para sentir, e que se pode tornar sonâmbula. Até lá, permita-me que não veja nisso senão uma fábula para provocar o sono.

Tal era, a princípio, o estado de espírito do Sr. Rivail, tal como o encontraremos muitas vezes, não negando coisa alguma, mas pedindo provas e querendo ver e observar para crer.

De 1854 a 1856, um novo horizonte se rasga para esse pensador profundo, para esse sagaz observador. Ele se revela sendo portador de dúvidas e hesitações: “Eu me encontrava, pois, no ciclo de um fato inexplicado, contrário, na aparência, às Leis da natureza e que minha razão repelia. Nada tinha ainda visto nem observado; as experiências feitas em presença de pessoas honradas e dignas de fé me firmavam na possibilidade do efeito puramente material, mas a ideia, de uma mesa falante, não me entrava ainda no cérebro.”

No início do ano de 1855 Kardec encontrou o Sr. Carlotti, um amigo de há vinte e cinco anos, que discorreu acerca desses fenômenos durante mais de uma hora, com o entusiasmo que ele punha em todas as ideias novas. O Sr. Carlotti era corso de origem, de natureza ardente e enérgica; eu tinha sempre distinguido nele as qualidades que caracterizam uma grande e bela alma, mas desconfiava da sua exaltação. Ele foi o primeiro a falar-me da intervenção dos Espíritos, e contou-lhe tantas coisas surpreendentes que, longe de lhe convencerem, aumentaram as suas dúvidas.

 — Você um dia será dos nossos — disse-lhe o Sr. Carlotti.

— Não digo que não — respondeu-lhe — veremos isso mais tarde.

 Daí a algum tempo, pelo mês de maio de 1855, Kardec esteve na casa da sonâmbula Sra. Roger, com o Sr. Fortier, seu magnetizador. Lá encontrou o Sr. Pâtier e a Sra. Plainemaison, que lhe falaram desses fenômenos no mesmo sentido que o Sr. Carlotti, mas noutro tom. O Sr. Pâtier era funcionário público, de certa idade, homem muito instruído, de caráter grave, frio e calmo; sua linguagem pausada, isenta de todo entusiasmo, produziu-me viva impressão, e, quando ele lhe convidou para assistir às experiências que se realizavam em casa da Sra. Plainemaison, rua Grange-Batelière, no 18, aceitou com solicitude. A reunião foi marcada para a terça-feira dia 5 de maio de 1855, às 8 horas da noite.

Foi aí, pela primeira vez, ele testemunhou o fenômeno das mesas girantes, que saltavam e corriam, e isso em condições tais que a dúvida não era possível.

Foi aí que fez os seus primeiros estudos sérios em Espiritismo, menos ainda por efeito de revelações que por observação. Apliquei a essa nova ciência, como até então o tinha feito, o método da experimentação; não formulou teorias preconcebidas; observava atentamente, comparava, deduzia as consequências; dos efeitos procurava remontar às causas pela dedução, pelo encadeamento lógico dos fatos, não admitindo como válida uma explicação, senão quando ela podia resolver todas as dificuldades da questão.

Compreendeu, desde o princípio, a gravidade da exploração que ia empreender.

Um dos primeiros resultados das suas observações foi que os Espíritos, não sendo senão as almas dos homens, não tinham nem a soberana sabedoria, nem a soberana ciência; que o seu saber era limitado ao grau do seu adiantamento, e que a sua opinião não tinha senão o valor de uma opinião pessoal.

Só o fato da comunicação com os Espíritos, o que quer que eles pudessem dizer, provava a existência de um mundo invisível ambiente; era já um ponto capital, um imenso campo franqueado às nossas explorações, a chave de uma multidão de fenômenos inexplicados.

As sessões na casa do Sr. Baudin não tinham nenhum fim determinado; propus-lhe, aí, fazer resolver os problemas que o interessavam sob o ponto de vista da Filosofia, da Psicologia e da natureza do mundo invisível. Comparecia a cada sessão com uma série de questões preparadas e metodicamente dispostas: eram respondidas com precisão, profundeza e de modo lógico.

A princípio ele não tinha em vista senão a minha própria instrução; mais tarde, quando viu que tudo aquilo formava um conjunto e tomava as proporções de uma doutrina filosófica e cristã, teve o pensamento de o publicar, para instrução de todos. Foram essas mesmas questões que, sucessivamente desenvolvidas e completadas, fizeram a base de O Livro dos Espíritos.

 

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